Quem lacra não lucra? Pode militar, porque lucra sim!

Empresas que adotam causas e bandeiras têm aumento significativo de reconhecimento, credibilidade da marca e lucro ao adotarem postura de embate por causas humanitárias.

Na edição passada da nossa BRAND_News falamos sobre as ações da Nike e seu reforço de marca através da campanha que comemorava os 30 anos do slogan “Just Do It”. O que a Nike fez será lembrado para sempre em livros de publicidade.

Colin Kaepernick, o “rosto” da Nike nos últimos meses, já transcendeu o atleta e se tornou símbolo de luta contra o racismo nos Estados Unidos, em seus constantes protestos a respeito da brutalidade policial contra os negros no país. Muito comum nos EUA, os protestos racistas contra a ação da Nike surgiram e as ações da empresa até caíram após o primeiro anúncio, porém, em menos de 24 horas da publicação da campanha, ela já cumulava mais de 43 milhões de dólares em exposição na mídia.

A edição de Cannes de 2019 também reforçou a importância de algumas outras bandeiras, como exposto nessa edição da nossa newsletter. Ainda, outras iniciativas foram intensamente premiadas, como “The Truth is Worth It”, do jornal The New York Times, que aponta as centenas de crianças imigrantes que foram tomadas de seus pais na froteira dos Estados Unidos e informações que vêm sendo distorcidas por governos em diferentes países.

A série de vídeos foi duplamente premiada no Festival (nas categorias Film Craft e Film), enquanto uma das ações mais premiadas neste ano foi a peça britânica “Viva la Vulva”, criada pela AMV BBDO para a Libresse que buscou estimular que mulheres conheçam mais sobre seu próprio corpo. A empresa de produtos íntimos para mulheres apostou na peça para acabar com tabus e estereótipos, e acabou faturando 6 leões de ouro, 5 leões de prata e 2 de bronze, divididos em 8 categorias diferentes.

Confira o filme.

Dessa forma, fica claro que o caminho para as grandes marcas é justamente o de embate social, que vai contra aquilo que é imposto como adequado, normal ou correto. Quem quer lucrar como as grandes empresas a nível mundial deve estar aberto à quebrar paradigmas, romper barreiras e oferecer soluções que respeitem o ser humano. O lucro acaba se tornando consequência disso.

Nossa Diretora de Projetos Especiais, Flávia da Veiga, se posicionou a respeito da temática. “Para ser mais feliz é preciso ter uma vida de significado e com propósito, precisamos saber que contribuímos para algo maior que nós mesmos. Somos seres sociais. Esse é um dos princípios de uma vida feliz”, disse Flávia, que foi além, lembrando um documento recente assinado por CEOs de 181 empresas como Apple, Amazon, Coca-Cola, Ford, GM, Walmart, Dell, entre outras, se comprometendo em mudar o mundo através de ações que reconhecem o valor das pessoas antes do lucro dos acionistas. São elas:

1. Entregar valor aos clientes;

2. Investir nos funcionários e promover a diversidade e inclusão;

3. Lidar de forma justa e ética com os fornecedores;

4. Apoiar as comunidades em que trabalham e proteger o meio ambiente adotando práticas sustentáveis nos negócios;

5. Gerar valor de longo prazo aos acionistas.

A ação conjunta dessas mega empresas nos lembra um dos propósitos da Criativa, e que norteia todas as nossas produções: acreditamos que marcas podem construir um mundo melhor, e isso nos inspira a construir marcas melhores. Isso posto, tudo nos leva a crer que quem lacra, de fato, lucra sim!

Facebook
WhatsApp
Twitter
LinkedIn