A marca Oi está de cara nova. Em um novo projeto desenvolvido pelas empresas de branding Wolff Olins e Futurebrand, a empresa mostra uma identidade visual mais moderna, colorida e inovadora. O “balão” que envolve o nome da marca ganha movimento, dezenas de formatos e degradê de cores diferentes. Um projeto de design bastante consistente.
Resta saber se todas essas mudanças se converterão em melhores serviços para os clientes ou é apenas uma maneira de atraí-los. E essa é a expectativa que toda mudança de marca provoca. Será que agora essa empresa vai fazer melhor o que vinha fazendo?
A diferença entre o rebranding e o redesign reside aí. O primeiro é uma mudança profunda, que envolve um olhar para dentro e desencadeia uma mudança externa expressiva. O segundo, não necessariamente implica em uma mudança interna tão grande.
O caso da Oi parece ser apenas um redesign que, quando bem feito – como é o caso – pode ter resultados positivos para o negócio, pois passa a atrair os olhares de um novo público ou reforça a atenção dos que já são clientes. Já no caso de um rebranding, geralmente, há uma mudança drástica para algo muito melhor, que é percebido de forma imediata. É aquela mudança que impressiona e não passa em branco, nem pelos olhares mais desatentos. Nos casos em que uma marca é mal cuidada há muito tempo, essa mudança fica mais latente ainda.
Como a Oi já tinha uma identidade muito bem construída há 15 anos e reconhecida mundialmente, não houve um grande impacto com a mudança, que foi mais uma atualização do que uma ruptura com a identidade antiga da marca. Mesmo não sendo o caso de um profundo rebranding, a Oi se mostrou atualizada e preocupada com sua modernização enquanto empresa ou, pelo menos, enquanto marca apenas.
A mudança foi um ponto muito positivo que vai render frutos para a empresa. Mas o que os consumidores esperam é que essa modernização seja refletida na qualidade dos serviços, no atendimento das lojas e, principalmente, dos call centers. Por herdar ainda estrutura e processos provenientes de uma antiga estatal (Telemar), a Oi ainda leva aos consumidores resquícios da burocracia comum desse tipo de organização. Que essa possa ser a hora para uma grande mudança para melhor.