No cenário de intensas e frequentes mudanças de paradigmas, as relações comerciais têm sido alvo de importantes questionamentos. Serviços como o Uber e Netflix, nascidos através de novos modelos de negócio, estão transformando grandes companhias em empresas obsoletas. E cada vez mais rápido.
Os novos empreendedores parecem estar maduros para criar novas propostas adaptadas à essa nova era e, assim, nascem marcas a partir de novos modelos de negócio, apoiadas fortemente na tecnologia, com culturas organizacionais fluidas e atraentes para a nova geração e, principalmente, cheias de vontade de mudar o mundo de verdade.
As marcas que nascem nesse ambiente já nascem espertas e abertas a mudanças. Em contrapartida, as organizações que ainda detém a maior parte do mercado precisam agir na defensiva para conservar o status quo e sua lucratividade. No caso do Uber, os inimigos foram as cooperativas de táxi que os taxaram de “transporte clandestino”. Já com o Netflix, as grandes produtoras de cinema e emissoras de TV podem ser ameaças. O que será que as grandes redes de hotéis acharam do surgimento do Airbnb?
Se por um lado as grandes organizações oferecem resistência à chegada de novos players, por outro os consumidores veem com bons olhos a quebra da hegemonia das instituições por meio da entrada de empresas com sangue nos olhos para mudar o mundo promovendo relações comerciais mais justas e atraentes. Essas novas marcas chegam com um discurso transformador, simples e agregador, trazendo novidades para agradar e mimar os clientes.
Essa revolução, que já está em andamento, vem fazendo pequenas startups virarem marcas mundiais em pouco tempo. As marcas tradicionais que não acompanharem esse cenário de mudanças vão ficar obsoletas não só em relação ao seus modelos de negócio e a seus serviços, como também em relação ao seu discurso e sua postura. Os consumidores vão saber separar o joio do trigo cada vez mais rápido e ajudar a levantar as marcas que realmente estão preocupadas em trazer algo de melhor para o mundo em que vivemos.